CAMPOS BELOS DE GOIÁS – Na reunião com autoridades, o povo ficou de fora.

Roberto Naborfazan

Na retomada do período de campanha eleitoral, nos encontramos novamente com as velhas raposas, cada vez mais felpudas, com pelos/peles sedosas, barrigas proeminentes, alimentadas nos banquetes bancados pelo suor do povo sofrido.

Vi, no dia 27 último, em Campos Belos de Goiás, uma raposada (sim, esse é o coletivo de raposas) reunidas sem a presença do povo, se dizendo representantes do povo. Bateu em mim a revolta latente dos que sofreram estelionato eleitoral há quatro anos, ao ver compromissos não cumpridos serem repetidos como se fossem novidades, e vindo da boca dos mesmos enganadores do pleito passado.

O “prestigiado” evento contou com uma plateia de assalariados em um salão reservado na casa/hotel onde mora o gestor municipal, e pouca gente do povão soube da passagem dessa comitiva, formada pelo vice-governador e secretário de segurança pública José Eliton,  senador Wilder Moraes (PP), deputado federal  Giuseppe Vecci e estadual Iso Moreira, pela cidade. O evento aconteceu no hotel Serra Verde.

Quando os interesses do povo são claramente maquiados com intenção de mais uma vez ludibriar a boa fé dos menos esclarecidos, a reação em cadeia das pessoas de bem criam campo magnético tão forte que possibilita a transmissão de pensamento. E foi assim que vi o diretor do DCE da Universidade Estadual de Goiás (Unidade Campos Belos), Adson Freitas, explanar com muita propriedade, em um vídeo publicado nas redes sociais (acesse aqui), as palavras que eu escrevia para a composição deste artigo.

O senador ostentação Wilder Moraes surgiu de paraquedas em Campos Belos, nossa gente o viu pela primeira vez, alguns nem deram conta de pronunciar seu nome.

Giuseppe Vecci, na rabeira das intenções de voto para a prefeitura de Goiânia, tem como ligação com o nordeste goiano alguns terrenos em Alto Paraíso. Esse, nossa gente teve dificuldades para dizer nome e sobrenome.

O multimilionário deputado estadual Iso Moreira, em seus 16 anos como deputado estadual, se limitou a entregar os rendimentos de programas criados pelo governo do estado, com recursos do impostos pagos pelo povo, os famosos cheques isto e aquilo, e ambulâncias para anão, as famigeradas Fiorino, que se a pessoa tiver mais de 1,70m, fica com os pés para fora. Nenhuma uma grande obra para o nordeste goiano.

O futuro governador do estado e atual vice-governador e secretário de segurança pública, José Eliton, cumpre a missão de fortalecer um antigo aliado de seu pai, mesmo sabendo que este aliado vive a desancar o governador Marconi Perillo nas rodas de ninfas, cerveja e bajulações que frequenta quando arruma tempo para estar em Campos Belos.

Mas o que revolta a gente de bem, que luta para colocar Campos Belos no lugar de destaque, que é dela por direito, na economia do nordeste goiano e do estado como um todo, é saber que o prefeito se limitou, n’um evento com a presença do segundo homem da hierarquia administrativa do estado, a fazer os costumeiros gracejos – que retiram sorrisos amarelos e constrangidos de funcionários, que são obrigados a deixar seus afazeres, pelos quais são pagos com dinheiro do povo (atenção, Ministério Público), para servir de plateia – e fazer sua autopromoção, ao seu velho estilo do ego inflado, ao invés de cobrar maior empenho das autoridades presentes na solução de graves problemas que afligem a comunidade Campo-Belense.

Poderia sim, como disse com propriedade Adson Freitas em seu desabafo, ter pedido ao secretário de segurança pública, reforço, mesmo por um curto período, aos contingentes das Polícias Civil e Militar, destacando uma força tarefa do serviço de inteligência visando localizar e prender os chefes do tráfico de drogas que já estão determinando toque de recolher nos bairros que ficam atrás do Morro, além de executarem sem compaixão e por qualquer motivo quem atravessa em seus tenebrosos caminhos. O prefeito, com seu peculiar sotaque e conhecida arrogância verbal, preferiu enaltecer o que teria que se envergonhar, a pedir ajuda no combate ao terror que se aloja em Campos Belos, atacando em todos os setores da sociedade, sem distinção de classe social. Citamos como exemplo os assassinados de Shayenne, filho do Mestre Zé e o de Lincon Bezerra, Filho de Ibanês e Tina.

Querer se garantir como bom gestor, assegurando a conclusão da transposição das águas do Rio Mosquito e o asfaltamento do Distrito do Pouso Alto, que são obras geridas pelo estado e não da prefeitura, é querer continuar fazendo o povo de palhaço e transformar Campos Belos em um Circo. Foi assegurado ao povo que em setembro de 2014 a água doce jorraria em suas torneiras, se fizeram de mortos (ou zumbis) durante dois anos, e agora, em nova campanha eleitoral, voltam como milagreiros, prometendo a mesma coisa.

Há uma frase emblemática no discurso do atual gestor, onde diz que – tem disposição, saúde e força física para encarar mais este desafio e que em virtude de não ter filhos “Não justifica acumular bens se não tem para quem deixar, assim, Deus me confiou a missão de cuidar bem dos filhos da minha cidade” – a pergunta é, se não justifica acumular bens, como o prefeito explica sua declaração de bens na campanha passada, que aponta sua fortuna em mais de 7 milhões de reais? Bem claro, de bens declarados.

Se quer mesmo cuidar dos filhos de Campos Belos, o prefeito deveria se reunir com os moradores do Setor Morada Nova e adjacências e ouvir o que estão passando, com nova lista de marcados para morrer surgindo todos os dias. Quem sabe assim, da próxima vez que falar com o vice-governador e secretário da segurança pública, ele se lembra de cobrar ações nessa área.

Não queremos afrontar, o que queremos é confrontar o que essa gente diz e o que ela faz (ou não faz). A prefeitura de Campos Belos tem de deixar de ser de um grupo e voltar a ser do povo, e a hora é agora. SEU VOTO É SUA ARMA, CIDADÃO!!! #opovonãoéboboetácansadodementiras.

Prefeito graceja enquanto o povo vive amedrontado.
Prefeito graceja enquanto o povo vive amedrontado.
No prestigiado evento, o povo foi esquecido.
No “prestigiado evento”, o povo foi esquecido.
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