Energia limpa: Governo de Goiás e holding fecham parceria

O governo de Goiás assinou com a empresa Soliker Brasil Indústria e Comércio de Módulos Fotovoltáicos Ltda um protocolo de intenções pelo qual Goiás abrigará a primeira empresa do País a produzir células fotovoltaicas,  dispositivos  tecnológicos de energia limpa que convertem energia solar em elétrica. 

Vice-governador José Eliton representou o governador Marconi Perillo e deu as boas vindas à presidente da empresa, Gabriela Franciscato Corte Batista
Vice-governador José Eliton representou o governador Marconi Perillo e deu as boas vindas à presidente da empresa, Gabriela Franciscato Corte Batista

A matriz brasileira da empresa, que também funciona na Espanha, e é especializada na fabricação de módulos para geração de energia limpa, já se mudou de São Paulo para Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
A parceria foi oficializada na quarta-feira, 17, com a assinatura do protocolo de intenções, envolvendo também a Prefeitura de Luziânia. O vice-governador José Eliton representou o governador Marconi Perillo e deu as boas vindas à presidente da empresa, Gabriela Franciscato Corte Batista. Assinaram o protocolo também o secretário de Indústria e Comércio (SIC), William O’Dwyer, e o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin. Secretários de várias áreas prestigiaram a assinatura.
O protocolo envolve a implantação de uma unidade industrial para fabricação e comercialização de módulos fotovoltaicos, assim como soluções em eficiência energética, serviços de engenharia básica, implantação, instalação, coordenação e assistência técnica no município de Luziânia.
A parceria prevê R$ 200 milhões de investimentos com a construção da unidade industrial em Luziânia, gerando de 98 empregos diretos e 3 mil indiretos na fase de operação.
O governo do Estado, entre outros incentivos, fará o financiamento de 73% da parcela incentivada e contratada junto à Agência de Fomento, agente financeiro do programa Produzir.
Já a prefeitura de Luziânia cedeu uma área de 250 mil metros quadrados para implementação do empreendimento, dos quais 30 mil metros quadrados para a fábrica, 30 mil metros quadrados para a expansão da mesma, e 190 mil metros quadrados para a implantação de uma usina de cerca de 8,5 Mwatt pico, para abastecimento próprio e da região industrial vizinha.
O vice-governador, que assumirá em janeiro a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico, Agricultura, Pecuária e Irrigação, destacou que a assinatura do acordo “faz Goiás fechar 2014 traduzindo o espírito do momento, com a vinda de várias empresas, o que fez Goiás crescer acima da média dos demais estados brasileiros”.
Ele citou que na última década o PIB goiano saltou de R$ 17 bilhões para mais de R$ 130 bilhões e pontuou a consolidação de importantes pólos industriais como os de Catalão, Anápolis, Jaraguá, Rio Verde e Caldas Novas. “Queremos ir muito além na nossa participação na Balança Comercial nacional, onde já nos destacamos como estado produtor de matéria prima”, acrescentou, fazendo alusão à importância de empreendimentos de outras áreas industriais e de tecnologia, como é o caso da unidade da Soliker em Luziânia, e ao interesse que Goiás tem despertado em investidores internacionais.
Já William O’Dwyer enfatizou o privilégio de Goiás ter sido o escolhido entre quatro estados para abrigar a indústria. Um fator decisivo na escolha foi a elevada incidência de sol no território goiano. Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também estavam na disputa, e Goiás foi o que se mostrou mais competitivo.
O apoio e a articulação dos agentes públicos de Goiás, como na SIC e Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec), além dos incentivos governamentais concedidos pelo governador Marconi Perillo, também tiveram grande peso na vinda da empresa. Foi o que destacou a presidente da Soliker.
Gabriela presenteou José Eliton e Cristóvão Tormin com exemplares em modelo reduzido da célula fotovoltaica que será produzida, aptos à produção de energia. Ela, que produzia na fábrica da Espanha, se disse muito feliz por conseguir montar uma fábrica de matriz energética limpa no Brasil, lembrando que outros países já estão neste caminho há três décadas. Segundo a empresária, a unidade de Luziânia já iniciará com uma linha de produção do chamado filme fino, usado para integração arquitetônica e uma linha cristalino, voltado a usinas de energia. Gabriela ainda defendeu a preparação de mão de obra brasileira para o setor.
De sua parte, o prefeito de Luziânia comemorou o impulso na geração de empregos na região, aliado ao desejo de uma fábrica voltada para a energia limpa. Ele cumprimentou o vice-governador pelo desafio da nova secretaria. “Competência técnica e política o credenciaram”, afirmou.
Mercado – Hoje, as células usadas para a construção das placas solares no Brasil são importadas da China e da Alemanha. A Soliker é formada por uma holding internacional (união de empresas de capital estrangeiro) e possui duas fazendas solares onde se produz energia para o abastecimento dos países da Península Ibérica, na Europa.
A empresa tem parcerias com o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo e com a Agência de Desenvolvimento Paulista. Ela está apta a produzir Vidros laminados, painéis fotovoltaicos e LED.
Esta é a segunda empresa especializada na fabricação de painéis fotovoltaicos a assinar um protocolo de intenções com o Estado apenas no segundo semestre deste ano. Em agosto, a indústria S4 Solar anunciou o investimento de R$ 30 milhões na construção de uma fábrica em Anápolis.

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